Tuesday 16 July 2013

Dois

Dois meses na estrada.

Os dias começam a mesclar-se entre si mesmos. O "fim-de-semana" é um conceito que se torna cada vez mais distante.
Tenho conhecido pessoas fantásticas, que para além da generosidade em abrirem as portas de sua casa a um estranho, partilham momentos especiais, e fazem de tudo para que eu tenha a melhor experiência possível. Continuo a ficar boquiaberto quando me entregam uma chave de casa, quando perdem tempo a explicar-me coisas sobre a cidade, quando me trazem para sair com os amigos e por um dia ou dois me sinto parte das suas vidas.

Deixo aqui uma pequena lista de opiniões. Que sirva de registo daquilo que conheci até agora, mas que espero actualizar com novos nomes no futuro, pois isso só significa que as coisas têm vindo a melhorar ainda mais. Não há ordem de preferência nas listas.

Cidades favoritas:

Reykjavik - pela vibe cultural e relaxada
Copenhaga - pela beleza dos edifícios e o contraste entre o moderno e o clássico
Sarajevo - pela dualidade de religiões e estar preservada do turismo massivo, pelas marcas da guerra
Berlim - pela história, pela vibe alternativa
Graz - pela beleza das coisas simples e pela pacificidade

Países favoritos:
Islândia - pela natureza e território único
Croácia - pelas praias, as ilhas, o azul turquesa das águas
Dinamarca - pelas ciclovias e o sentimento de equilíbrio

País onde passei menos tempo: Sérvia (menos de 4 horas).
Máximo de horas num autocarro até agora: 10 horas de Sarajevo (Bósnia Herzegovina) até Nis (Sérvia)
Máximo de quilómetros feitos à boleia num único dia: apróx. 215 km (Bergen até Stavanger)

O único sítio que odiei até agora foi a Sérvia. Não pelo estigma de serem os maus da fita da guerra nos Balcãs, mas porque a única cidade que vi era feia, muito suja, e as pessoas rudes e visivelmente incomodadas em terem que comunicar com um estranho. Talvez tenha sido da cidade onde estive, talvez tenha sido da minha barba cansada, mas não aconselho.